27 de março de 2009 | 18h16
"Saúdo a ênfase mais forte nas instituições do lado civil", disse o enviado Kai Eide à Reuters. "Uma das minhas principais prioridades tem sido a capacidade civil, a construção de instituições."
"A esse respeito, saúdo o maior equilíbrio entre os lados militar e civil. Anseio por trabalhar com o governo dos EUA."
Obama apresentou na sexta-feira sua nova estratégia para o Afeganistão, destinada a impedir que a rede Al Qaeda use esse país e o vizinho Paquistão para tramar ataques contra os Estados Unidos.
O presidente também defendeu um "dramático aumento no nosso esforço civil", e afirmou que será necessário enviar agrônomos, educadores, engenheiros e advogados.
"Uma das chaves atuais para permitir que os afegãos se sustentem gradualmente sobre os próprios pés é exatamente essa construção de instituições civis", afirmou Eide, que defendeu também uma maior coordenação entre a coalizão de países que está no Afeganistão "um esforço mais forte" dos EUA e da Europa.
"Temos estado fragmentados, mas será um esforço coerente (de agora em diante) para que possamos aproveitar ao máximo os recursos que teremos disponíveis", disse.
Nesta semana, a ONU nomeou o diplomata e acadêmico norte-americano Peter Galbraith como adjunto de Eide. Galbraith é uma pessoa próxima de Richard Holbrooke, representante pessoal de Obama para o Afeganistão e Paquistão.
A imprensa sugere que a nomeação reflete uma insatisfação dos EUA com Eide, algo que fontes da ONU negaram. Eide disse que conhece Galbraith bem e que está ansioso por trabalhar com ele. "Não temos absolutamente nenhum problema. Eu o saúdo na missão."
Obama apresenta sua nova estratégia num momento em que a violência no Afeganistão atinge seu pior nível desde a invasão norte-americana de 2001, que se seguiu aos atentados cometidos pela Al Qaeda em 11 de setembro daquele ano.
Nos últimos anos, os insurgentes têm ampliado seus ataques, frequentemente agindo a partir de áreas tribais do Paquistão.
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