Enviado da ONU na Síria pede que governo inicie trégua

Para Lakhdar Brahimi, maior barreira é a falta de uma liderança rebelde unificada

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

BEIRUTE, LÍBANO - O enviado internacional para o conflito da Síria, Lakhdar Brahimi, pediu nesta quarta-feira, 17, ao regime do presidente Bashar Assad que lidere uma proposta de cessar-fogo durante um feriado muçulmano, que acontecerá no final deste mês. Veja também:linkRebeldes sírios concordam em formar liderança unificada, dizem fonteslinkSíria nega uso de bombas de fragmentaçãoforum CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOKEm Beirute, no Líbano, Brahimi declarou que se o governo der o primeiro passo todos os membros da oposição, com quem ele conversou, também vão aderir à trégua. Antes das declarações de Brahimi, um jornal estatal sírio publicou que a maior barreira para a proposta de trégua é a falta de uma liderança rebelde unificada, com a qual seja possível negociar. Tanto o regime de Assad quanto os rebeldes ignoraram o acordo de trégua anterior. Brahimi reconheceu que um cessar-fogo, se respeitado, seria um passo "microscópico" na direção do fim dos 19 meses de violência na Síria. Ativistas afirmam que mais de 33 mil pessoas foram mortas nesse período.

PUBLICIDADE

FrançaO ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou que a Força Aérea síria está usando as chamadas "bombas de barril", artefatos improvisados que consistem em barris cheios de dinamite, que causam sérios danos aos locais atingidos. Fabius declarou nesta quarta-feira que o regime presidente Bashar Assad "entrou numa nova fase de violência com o uso de jatos MIG e o lançamento de barris de dinamite".As declarações foram feitas durante uma reunião, realizada em Paris, que tem como objetivo estender a iniciativa francesa de enviar ajuda direta a conselhos locais nas chamadas zonas liberadas sírias. Cerca de 20 países participam do encontro. As informações são da Associated Press.

 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.