
08 de dezembro de 2009 | 08h31
O enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, chegou nesta terça-feira, 8, a Pyongyang para iniciar um diálogo com o regime comunista e retomar as conversas multilaterais sobre o desarmamento nuclear norte-coreano. A televisão estatal norte-coreana informou sobre a chegada de Bosworth à capital do país.
O enviado americano viajou em um avião privado a partir da base aérea militar de Osan, na Coreia do Sul. Ontem, ele se reuniu em Seul com autoridades sul-coreanas.
Durante sua visita de três dias à Coreia do Norte, Bosworth tem a missão de convencer o Governo norte-coreano a retomar as conversas de seis lados sobre desarmamento nuclear, das quais também participam Coreia do Sul, China, Japão e Rússia, e que estão paralisadas há um ano devido às reservas de Pyongyang.
Este é o primeiro encontro governamental de alto nível entre Pyongyang e Washington desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assumiu o cargo em janeiro.
Em outubro, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, condicionou seu retorno ao diálogo de seis lados ao resultado das negociações bilaterais com os EUA.Para os americanos, este diálogo direto com Pyongyang não é uma negociação bilateral, mas um passo para a volta do regime norte-coreano às conversas multilaterais.
De Washington, o governo dos EUA disse que o país não oferecerá novos incentivos ao regime comunista em troca de seu retorno ao diálogo de seis lados e também não falará sobre a possível assinatura de um tratado de paz que ponha um ponto final à Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício.
A expectativa é de que Bosworth se reúna em Pyongyang com o vice-ministro de Assuntos Exteriores norte-coreano, Kang Sok-ju. Por enquanto, não está claro se o enviado americano será recebido por Kim Jong-il ou se leva uma carta pessoal de Obama, embora Washington tenha negado que haja na agenda um encontro com o líder Norte-coreano.
Antes de viajar para a Coreia do Norte, Bosworth fez uma parada em Seul para conversar com autoridades sul-coreanas. Ao voltar de Pyongyang, na quinta-feira, ele deve explicar o conteúdo de suas conversas aos outros países implicados no diálogo de seis lados, em uma viagem por Coreia do Sul, China, Rússia e Japão.
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