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Envio de tropas ao Golfo é reação contra Irã, diz Gates

Secretário de Defesa disse que não é a hora para conversas diplomáticas com o Irã

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse nesta segunda-feira que o aumento da atividade militar dos EUA no Golfo Pérsico tem o objetivo de reagir contra o "mau comportamento" do Irã e para conter os comentários de que as forças americanas estão muito comprometidas com o Iraque. Gates disse que não é a hora certa para conversas diplomáticas com o Irã, mas deixou em aberto esta possibilidade para o futuro. "Nós estamos apenas reafirmando a importância do Golfo para os americanos e a determinação de que vamos fortalecer nossa presença no local por muito tempo", disse Gates. Segundo Gates, "o Irã não vê com bons olhos a presença americana no Iraque e tentou nos últimos meses promover uma visão negativa dos EUA". Além disso, os Estados Unidos temem a constante produção nuclear realizada no Irã, que não aceita às ordens americanas para parar a produção Irã continuará produção nuclear O Irã disse ainda na segunda-feira que está levando adiante seu plano de instalar 3.000 centrífugas nucleares para produzir combustível atômico em escala industrial. O Ocidente teme que isso seja parte do desenvolvimento de armas nucleares, o que Teerã nega. Como reação imediata às sanções aprovadas em 23 de dezembro pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Irã anunciou o início da instalação das 3.000 centrífugas, que segundo especialistas poderiam produzir urânio suficiente para alimentar uma usina nuclear, ou para produzir uma bomba, dentro de um ano. Mas analistas e diplomatas ocidentais haviam dito à Reuters que o Irã aparentemente não tinha começado a instalar as máquinas para uma produção de urânio enriquecido na tal "escala industrial". "Estamos avançando para uma produção de combustível nuclear que exige 3.000 centrífugas e mais do que isso. Este plano está indo adiante e avançando para ser completado", disse o porta-voz governamental Gholamhossein Elham na sua entrevista coletiva semanal. O Irã já opera duas redes de 164 centrífugas, que giram em velocidades supersônicas para tratar o urânio.

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