Um porta-voz do futuro governo do Equador confirmou na quarta-feira um acordo com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para formar uma comissão com a OEA para estudar o impacto do herbicida usado em fumigações aéreas na fronteira entre os dois países. Assessores de Rafael Correa, que assumirá a Presidência do Equador na próxima segunda-feira, informaram que, numa reunião em Manágua, onde assistiu à posse do presidente nicaragüense, Daniel Ortega, ele e Uribe decidiram formar a comissão. A Colômbia, que considera o glifosato "inócuo" para a saúde humana, justifica seu uso, por considerar que o herbicida acaba com as plantações de coca, cujo negócio ilegal financia os grupos rebeldes. O Equador, porém, exige a suspensão das aspersões aéreas na fronteira, argumentando que o vento leva o herbicida para o território equatoriano, causando danos à população, a animais e plantas. O Equador denunciou, em pelo menos três ocasiões, possíveis "incursões" de militares colombianos em seu território, o que também esfriou as relações diplomáticas entre os dois países.