Equador: Correa pede retirada de processo contra deputados

Na terça-feira, promotora pediu prisão de 24 dos 57 cassados por atos de sedição

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Por Agencia Estado
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O presidente do Equador, Rafael Correa, pediu na terça-feira, 24, que seja retirada a queixa apresentada contra 24 deputados cassados, que na segunda-feira recuperaram seus cargos devido a uma decisão do Tribunal Constitucional (TC) e cuja prisão foi pedida pela Promotoria. Para ele, a atitude deve ser tomada "para tranqüilizar à nação" Correa considerou "inoportuna" a ação movida por Miguel Castro, deputado suplente do Partido Sociedade Patriótica (PSP). O parlamentar, que assumiu a vaga de um dos cassados, foi eleito na semana passada vice-presidente do Congresso. Segundo a ação de Castro, os deputados que recuperaram seus mandatos teriam cometido atos de sedição ao se considerarem deputados, dignidade que, na opinião dele, tais legisladores não têm desde 7 de março, quando foram cassados pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do Equador. Baseada nesta denúncia, a promotora Elsa Moreno pediu na terça-feira a um tribunal de Quito que dite uma ordem de prisão por "revolta" contra 24 dos 57 deputados cassados. Quatro dos deputados viajaram à Colômbia para "ficar a salvo" e evitar uma eventual detenção, informou a emissora de televisão Ecuavisa. Sylka Sánchez e Gloria Gallardo, do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), e os social-cristãos Alfonso Harb e Alfredo Serrano, de oposição ao governo, deixaram o país, segundo a emissora. Em entrevista coletiva para avaliar os seus 100 dias de governo, que completa nesta quarta-feira, 25, Correa disse que o processo judicial "prejudica ainda mais" a situação política do país. Correa acrescentou que acredita que "as coisas vão se acalmar" até a eleição da Assembléia Constituinte, convocada na terça-feira mesmo pelo TSE para o dia 30 de setembro. Na terça-feira, o Congresso destituiu o Tribunal Constitucional, alegando o fim do mandato dos seus nove membros.

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