Equador investiga presença de cocaína em acidente de ônibus que matou 23 pessoas

Segundo Procuradoria-Geral da Colômbia, que auxilia a polícia equatoriana, há indícios que veículo estaria sendo usado para tráfego de drogas entre os países

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Atualização:

QUITO - A polícia do Equador informou nesta quinta-feira, 16, que investigará a presença de uma "substância suspeita" no interior do ônibus que sofreu um acidente nesta semana, deixando 23 mortos e 22 feridos na região de Pifo-Papallacta. Nos últimos dias, a Procuradoria-Geral da Colômbia disse acreditar que o veículo estaria sendo utilizado para transporte de cocaína entre os dois países.

Bombeiros buscam por vítimas de acidente de ônibus em Papallacta; veículo pode ter sido usado para tráfico de drogas, dizem autoridades colombianas. Foto: BOMBEROS QUITO/via REUTERS - 14/08/18

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"Logo após as inspeções técnicas realizadas pela nossa Diretoria Nacional Antinarcóticos foram encontradas substâncias suspeitas no piso do ônibus", afirmou a polícia equatoriana em comunicado. A corporação afirmou que "estão sendo realizadas as análises para determinar qual o tipo e a quantia da substância" estaria sendo transportada no veículo.

As autoridades equatorianas estão conduzindo as investigações com o apoio da Procuradoria da Colômbia, país de onde partiu o ônibus, com o objetivo de esclarecer as causas do acidente, as inconsistências apresentadas pelos testemunhos dos sobreviventes e os possíveis crimes que estariam sendo cometidos pelos passageiros.

Nesta semana, o procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, repassou ao seu homólogo equatoriano, Paul Perez, os levantamentos técnicos que apontam indícios que o ônibus estaria sendo utilizado para o tráfico de cocaína entre os dois países.

O acidente ocorreu entre as localidades de Pifo e Papallacta, a 30 km ao leste de Quito, em uma área conhecida como "Curva da Morte". Entre os 23 mortos, 15 eram colombianos. Os sobreviventes foram questionados sobre o acidente e apresentaram versões diferentes. Segundo as testemunhas, a viagem foi organizada por uma mulher em Cali, no sudoeste colombiano. Ninguém diz saber o nome dela e afirmaram que essa mulher havia prometido comida e alojamento a todos no momento que chegassem a Quito.

De acordo com a polícia, a mulher está entre as vítimas, mas ainda não foi identificada. //EFE

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