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Equador pede ao Brasil extradição de acusado de terrorismo

Libanês preso em janeiro é considerado líder de uma rede internacional de narcotráfico, que supostamente financiava grupos terroristas no Oriente Médio

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia do Equador solicitou na quarta-feira ao Brasil a extradição do libanês Zeaiter Rady Sohbi, considerado líder de uma rede internacional de narcotráfico que supostamente financiava grupos terroristas no Oriente Médio. A Chancelaria, a polícia equatoriana e a Interpol iniciaram os trâmites legais "com o objetivo principal de conseguir a extradição de Zeaiter Rady Sohbi". Ele está detido no Brasil desde janeiro, segundo um relatório da instituição policial. O libanês é acusado de narcotráfico internacional, falsificação de documentos e formação de quadrilha. O pedido de extradição faz parte da operação Damasco, iniciada em 2005 pela polícia equatoriana, que permitiu "desmantelar" uma suposta rede internacional de narcotráfico liderada por Sohbi. A droga supostamente "tinha como destino final a América do Norte, Europa e Oriente Médio", acrescenta o relatório oficial. Os tribunais penais do Equador esperam a extradição de Sohbi, que, segundo o relatório policial, participava de forma direta nos envios de droga a partir de vários países sul-americanos. O texto oficial diz que a rede aparentemente fazia operações de narcotráfico no Brasil, Equador, Peru, Colômbia, Chile, Argentina e Paraguai, "sem descartar também países como Venezuela e Uruguai". Sohbi foi detido na Colômbia em junho de 2005 e deportado para a França, onde foi condenado, à revelia, a cinco anos de prisão. De acordo com o relatório policial, Sohbi foi detido em janeiro no Brasil com documentos falsos. Os registros do acusado dizem que em 2006 ele passou pelo Chile, Paraguai, Venezuela, Brasil e Panamá. Outros suspeitos de integrar a rede foram detidos no Equador. Entre os capturados estão o sírio Mahmer Hamajo, o nigeriano Reymond Davies Iyekhoro, o argelino Harouni Lotfi Beikacem, o turco Zulkuf Taruk Diyarbakir, os libaneses Ali Ballouk, Hussein Mustafa Zeaiter e Hussein Mustafa Raza e a equatoriana Nuria Priscila Oviedo Chiriboga.

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