Equador pedirá em julho entrada no Mercosul

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Por Lisandra Paraguassu e BRASÍLIA
Atualização:

O Equador anunciou ontem formalmente sua pretensão de aderir ao Mercosul. O país era um dos três ainda em negociação para ingressar no bloco sul-americano, mas, na última reunião do bloco, em dezembro, o presidente Rafael Correa levantou dificuldades sobre o processo, especialmente sobre o regime alfandegário ao qual o Equador teria que se adequar.O protocolo formal de adesão deverá ser assinado na próxima reunião, em julho, no Uruguai. Depois disso, a inclusão de Quito ainda terá de ser aprovada pelos Parlamentos de todos os cinco membros atuais - incluindo o Paraguai, atualmente suspenso, mas que deve ser reintegrado no segundo semestre.Em dezembro, Correa afirmou que seu governo tem "coincidências ideológicas" com os demais participantes do grupo, mas que, para o Equador, que não possui uma moeda nacional, o que sobra para corrigir potenciais problemas no setor externo é a política comercial, que seria limitada com a adesão ao bloco. A avaliação, agora, é que as mudanças não seriam tão significativas a ponto de ofuscar os benefícios da adesão.O Equador negociava desde 2009 o ingresso no bloco, juntamente com a Bolívia. Em dezembro, quando não se esperava uma resposta positiva de nenhum dos dois países, o presidente boliviano chegou a Brasília disposto a assinar imediatamente a adesão, o que fez a Bolívia passar a ser considerada o "sexto membro" do Mercosul, ainda que em processo de adesão. Ainda negociam o ingresso no bloco: Suriname e Guiana.O bloco passa por um momento de rápida transição. Com a eleição no mês passado do colorado Horacio Cartes, o Paraguai deve ser plenamente reincorporado ao grupo. A presidência rotativa do Mercosul, atualmente com o Uruguai, passará no segundo semestre para a Venezuela, incorporada em junho à revelia dos paraguaios, que haviam acabado de ser suspensos do bloco.

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