Equador quer extradição de suspeito em morte de deputado

Antes, a polícia espera que os EUA confirmem a prisão de Christian Ponce

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Por Agencia Estado
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O equador vai pedir imediata extradição de Christian Ponce, detido nos Estados Unidos e um dos principais acusados pela morte do deputado esquerdista Jaime Hurtado, em 1999. A medida foi anunciada neste domingo pela ministra de Relações Exteriores equatoriana, María Fernanda Espinosa. O filho de Jaime Hurtado, Lenin, que seguiu de perto o processo nos últimos oito anos, pediu ao Governo de seu país que agilize a extradição de Christian Ponce. Para iniciar a extradição, a polícia equatoriana espera que as autoridades americanas confirmem a prisão. O coronel Lino Proaño, porta-voz da Polícia, lembrou que Ponce tem uma ordem de prisão internacional, porque a justiça equatoriana o procura para processá-lo pelo assassinato de Hurtado. Apesar de ainda não existir uma notificação oficial sobre a detenção de Ponce, Proaño assinalou que já comunicou a informação extra-oficial às autoridades judiciais e à Chancelaria, responsável por tramitar as solicitações de extradição. Investigação Uma comissão que investigou a morte de Jaime Hurtado ligou Ponce ao crime, assim como Freddy Simón Contreras, Washington Aguirre e Serguei Merino. Em dezembro de 2005, a Corte Superior de Justiça de Quito condenou Freddy Simón Contreras a 16 anos de reclusão, como "autor material" do crime. Jaime Hurtado, um carismático líder negro que também foi candidato à Presidência em 1996, foi baleado no dia 17 de fevereiro de 1999, em plena luz do dia, numa rua próxima ao Parlamento, em Quito. O assassinato aconteceu no momento em que o político, que era deputado do esquerdista Movimento Popular Democrático (MPD), investigava a suposta ligação de Medardo Cevallos Balda, um ex-embaixador equatoriano no México, com o narcotráfico e a lavagem de dinheiro.

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