Equador receberá comissão que renegociou dívida argentina

Ministro da Economia afirma que dívida será renegociada quando a for hora apropriada e diz que irá cumprir promessas de campanha cortando impostos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Economia do Equador, Ricardo Patino, disse que espera uma visita do grupo de economistas que renegociou a dívida externa da Argentina. "Eu recebi uma visita - a nosso convite - de um especialista em questões de dívida externa, Oscar Guarteche, e nas próximas semanas a comissão que renegociou a dívida externa argentina virá discutir as questões relacionadas à legislação para renegociação", afirmou Patino a um canal de televisão local. Quando questionado se o presidente do Equador, Rafael Correa, vai cumprir a promessa de renegociação da dívida externa do país, Patino afirmou: "Nós faremos a renegociação na hora apropriada. Essas coisas não são necessariamente anunciadas. Pode ser em uma semana, pode ser em três meses. Nós ainda não sabemos". Patino disse ainda que vai cumprir as promessas de campanha de Correa, como aumentar os chamados laços de solidariedade e moradia. Essas iniciativas sociais devem custar ao estado equatoriano entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões por ano. O ministro afirmou que os custos serão cobertos por recursos orçamentários, como rendimentos dos impostos. "As prioridades mudaram. Nossa prioridade agora é o desenvolvimento social e as vidas das pessoas", disse, acrescentando que "o que sobrar irá para os outros compromissos". Os "outros compromissos" são referentes ao pagamento da dívida, e Patino e Correa disseram diversas vezes que colocarão os programas sociais na frente do débito. O ministro da Economia também confirmou que o governo do presidente eleito vai cortar o imposto sobre circulação de mercadorias de 12% para 10%, o que vai custar entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões. Patino prometeu que o governo vai compensar a perda de renda, mas não especificou de que maneira. Enquanto isso, o ministro do Planejamento do Equador, Fander Falconi, negou hoje que o governo de Correa irá retomar as políticas dos anos 1970, quando a economia era dirigida com uma mão pesada do Estado. "O Equador precisa de um novo modelo de desenvolvimento. Nós teremos um lugar especial para os pobres e vamos lutar contra todas as desigualdades", disse.

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