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Equatorianos vão às urnas escolher novo presidente

Por Agencia Estado
Atualização:

Os 8,15 milhões de eleitores do Equador escolhem neste domingo o novo presidente do país andino, numa eleição que despertou pouco interesse entre os 12,6 milhões de habitantes. A lista de 11 candidatos inclui um bilionário magnata das bananas, dois ex-presidentes e um coronel da reserva esquerdista que liderou uma revolta em 2000. É a primeira vez desde o retorno à democracia em 1979 em que há pelo menos cinco candidatos colocados nas primeiras posições e com mínimas diferenças porcentuais, segundo revelam as últimas pesquisas. Desde a volta às eleições democráticas após nove anos de ditadura, as eleições vinham se caracterizando por ter claros favoritos nas eleições presidenciais, com valores de até 10 pontos de diferença em relação a seus oponentes. Esta é também a primeira eleição nacional desde que um levante indígena apoiado pelos militares levou ao poder, em 2000, o presidente Gustavo Noboa, na época vice-presidente, depois de derrubar seu antecessor em meio à pior crise econômica em décadas. Noboa não tenta a reeleição. Nenhum candidato parece ter apoio suficiente para vencer no primeiro turno. Se ninguém obtiver 50% dos votos, ou 40% com uma vantagem de dez pontos porcentuais sobre o rival mais próximo, os dois candidatos mais votados disputarão o segundo turno no dia 24 de novembro. O Equador, o maior exportador de banana do mundo, é rico em petróleo. Porém mais da metade da população vive na pobreza. Uma pesquisa Cedatos-Gallup no dia 10 deu 18% das intenções de voto ao ex-presidente Rodrigo Borja, da Esquerda Democrática, de centro-esquerda. O magnata da banana Alvaro Noboa, homem mais rico do país e sem parentesco com o presidente, teve 15%, enquanto o parlamentar socialista León Roldos ficou em terceiro, com 14%. O quarto lugar ficou com Lucio Gutiérrez, que foi preso por envolvimento no levante de 2000 e se irrita ao ser comparado com Hugo Chávez. A campanha para a presidência e as cem cadeiras do Congresso foi entediante, com os candidatos prometendo combater a corrupção e criar empregos, mas sem dizer como. O eleitorado mostra estar cansado dos partidos tradicionais, que muitos consideram corruptos e ineficazes. O próximo líder vai herdar uma nação empobrecida que carrega uma dívida de US$ 14 bilhões e ainda se recupera de uma contração econômica de 7,3% em 1999, que levou o governo a dar o calote em parte da dívida e adotar o dólar como moeda nacional.

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