TEORIA DA PERDA DE SUSTENTAÇÃO
A causa da queda, a primeira sofrida pelo grupo AirAsia desde que começou a voar em 2002, ainda está sem explicação. Investigadores estão trabalhando com a teoria de que o avião perdeu sustentação à medida que subia de maneira íngreme para evitar uma tempestade cerca de 40 minutos após a decolagem.
Autoridades disseram mais cedo que deverá levar até uma semana para encontrar as caixas-pretas, as quais os investigadores esperam que revelem a sequência de eventos da cabine do piloto durante os últimos minutos de um voo que deveria durar duas horas.
"Depois que as caixas-pretas forem encontradas, seremos capazes de divulgar um relatório preliminar dentro de um mês", disse o investigador do Comitê Nacional para Segurança de Transporte, Toos Sanitioso. "Ainda não podemos especular o que causou a queda."
Mesmo com mau tempo, a busca pelo avião da AirAsia é menos desafiadora tecnicamente do que a busca de dois anos por um avião da AirFrance que caiu em águas profundas do oceano Atlântico em 2009, ou que as infrutíferas buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines que desapareceu no ano passado.
Três desastres aéreos envolvendo aviões ligados à Malásia em menos de um ano têm assustado os viajantes.
O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em março quando viajava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 passageiros e tripulantes, mas não foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17 da mesma companhia foi derrubado sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.
A bordo do voo QZ8501 estavam 155 indonésios, três sul-coreanos, uma pessoa de Cingapura, uma da Malásia e outra da Inglaterra. O copiloto era francês.
(Reportagem adicional de Cindy Silviana, Kanupriya Kapoor, Michael Taylor, Adriana Nina Kusuma, Charlotte Greenfield, Nilufar Rizki e Nicholas Owen, em Jacarta; de Jane Wardell, em Sydney; e de Anshuman Daga, em Cingapura)