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Equipes de resgate não acreditam em mais sobreviventes na Polônia

Cerca de 1.300 policiais e bombeiros participam dos trabalhos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os chefes da operação de resgate das pessoas que ficaram soterradas após o desabamento do edifício do Centro Internacional de Exposições na cidade polonesa de Katowice afirmam que são quase nulas as possibilidades de encontrar sobreviventes sob os escombros. As equipes de socorro temem que o número definitivo de mortos possa chegar a mais de cem, porque há indícios de que várias dezenas de pessoas continuam soterradas. Em entrevista coletiva, o general Janusz Skulich, chefe dos 1.300 policiais e bombeiros que participam do resgate, informou que à 1h (22h de Brasília do sábado), foi imposto o silêncio absoluto no lugar para que os cães treinados pudessem detectar os lugares onde havia ainda pessoas com vida. "Nenhum dos dezesseis animais utilizados na operação encontrou sinais de vida, e por isso achamos que a possibilidade de que haja ainda algum sobrevivente sob os escombros é praticamente igual a zero", disse o general Skulich. Além disso, as equipes de salvamento não podem chegar até o lugar onde estão os corpos de várias vítimas, porque para conseguir isso seria preciso remover os escombros, o que poderia provocar novos desmoronamentos no edifício e colocar em perigo a vida dos bombeiros e policiais. A única solução para resgatar todas as vítimas ainda presas é desmontar todo o imóvel e retirar os escombros, tarefa que terá que ser feita por empresas especializadas em construção. A operação de retirada de todos os escombros e resgate dos corpos pode durar vários dias. No lugar do desastre, estão o primeiro-ministro polonês, Kazimierz Marcinkiewicz, assim como os ministros de Transporte e Construção e de Saúde. O presidente da República, Lech Kaczynski, decretou luto em todo o país.

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