27 de março de 2011 | 09h42
O número é tão alto que o funcionário que media os níveis de radiação abandonou o local antes de fazer a segunda medição. Não ficou imediatamente claro, no entanto, por quanto tempo os trabalhadores foram expostos à água altamente contaminada ou há quanto tempo os níveis de radiação estão tão altos.
Autoridades dizem que ainda não sabem de onde a água contaminada está vindo, mas Yukio Edano, chefe de gabinete do governo do Japão, afirmou que é "quase certo" que ela está vazando do núcleo rompido de um dos reatores.
A notícia surge após autoridades reconhecerem que há água contaminada nos quatro reatores mais danificados de Daiichi e que a radiação dentro de um dos reatores está em 1 mil milisieverts por hora - quatro vezes acima do limite considerado seguro pelo governo, de acordo com Takashi Kurita, porta-voz da Tokyo Electric Power Co. (Tepco).
Embora a descoberta dos altos níveis de radiação - e a retirada às pressas dos trabalhadores de um dos reatores - tenha novamente atrasado os esforços para colocar a usina sob controle, Edano insistiu que a situação foi parcialmente estabilizada. "De certa forma nós evitamos que a situação piorasse", disse Edano. "Mas as perspectivas não estão melhorando da forma correta e nós esperamos reveses. A água contaminada é um deles e nós continuamos a consertar os danos", acrescentou.
Cerca de 600 pessoas trabalham dentro da usina de Daiichi em turnos. Autoridades de segurança nuclear afirmam que o período de permanência das equipes dentro dos reatores com problemas é monitorado de perto, para minimizar a exposição deles à radioatividade. No entanto, dois funcionários foram hospitalizados na quinta-feira, depois de sofrerem queimaduras ao pisar em água contaminada. Eles deverão receber alta na segunda-feira. As informações são da Associated Press.
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