Erdogan aprova lei que suspende imunidade de 148 deputados do Parlamento turco

Emenda permite suspender a imunidade de deputados que estão sob investigação judicial; para esquerda pró-curda, medida é um ‘golpe de Estado’

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Atualização:

ANCARA - O presidente da Turquia, o islamista Recep Tayyip Erdogan, assinou na terça-feira a controversa lei que permite suspender a imunidade de quase 150 deputados do Parlamento, principalmente do pró-curdo Partido Democrático do Povo (HDP), segundo informou a imprensa local.

O Parlamento havia aprovado no dia 20 de maio uma emenda legal que permite suspender a imunidade dos deputados que estão sob investigação judicial.

Acusadode ter 'vocação autoritária', opresidente turcoRecep Tayyip Erdogan é conhecido poratacar verbalmente pessoas que considera cúmplices do terrorismo, como políticos, jornalistas, intelectuais. A lista da Time o considera um dos líderes mais influentes do mundo Foto: Damon Winter/The New York Times

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A esquerda pró-curda considera a medida como um "golpe de Estado", já que afeta a grande maioria de seus parlamentares.

A modificação legal é temporária e afeta apena os expedientes que estejam abertos até a entrada em vigor da norma.

Por isso, os críticos asseguram que o governante Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) e o presidente Erdogan só pretendem criminalizar os deputados da esquerda pró-curda.

Dos 550 legisladores no Parlamento, 148 dos 4 partidos parlamentares, incluindo o próprio AKP, serão afetados pela emenda, segundo o site do jornal Birgün.

No caso do esquerdista e pró-curdo HDP, 50 de seus 59 deputados são alvos de investigações abertas, a maioria relacionada com supostos vínculos com a guerrilha curda do PKK.

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O governo e o próprio Erdogan asseguram que o HDP é o braço político da guerrilha do Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK). /EFE

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