Escola catalã é investigada por incitar o ódio contra filho de guarda civil

De acordo com documentos de tribunal, dois professores e o diretor de uma instituição de ensino teriam influenciado seus alunos a hostilizar grupos ou associações que atuaram na repressão ao plebiscito separatista em 1º de outubro

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BARCELONA - Um tribunal anunciou nesta quarta-feira, 10, a abertura de diligências contra dois professores e o diretor de uma escola catalã por delito de incitação ao ódio supostamente perpetrado contra o filho de um guarda civil.

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Os fatos teriam ocorrido na escola na região de Seu d'Urgell, nos Pirineus, nos dias que seguiram ao plebiscito de independência de Catalunha de 1º de outubro, no qual agentes da Guarda Civil utilizaram a força contra os eleitores em vários centros para apreender as urnas.

Região perto do Parlamento da Catalunha foi isolada pelas autoridades para evitar distúrbios Foto: EFE/Quique García

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O tribunal recebeu denúncias dos pais de várias crianças que reportaram "diferentes comentários realizados por professores, assim como atitudes amparadas pelo diretor do indicado centro escolar", afirma o auto judicial, que não esclarece qual foi o centro escolar por razões de confidencialidade.

"Pode ser que os professores indicados e o diretor do centro educacional tenham incitado de maneira direta a seus alunos (muito novos) ao ódio, à hostilidade e à violência contra os referidos grupos ou associações", disse o auto judicial.

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Trata-se do primeiro processo aberto contra um centro escolar catalão por delitos deste tipo.

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Em uma escola de ensino médio em Sant Andreu de la Barca, perto de Barcelona, um grupo de estudantes se manifestou em solidariedade a colegas, filhos de policiais, que teriam sofrido hostilidades de alguns professores, segundo o diário El Periódico. / AFP

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