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Escolas incendiadas durante guerra na Indonésia

Por Agencia Estado
Atualização:

Dezenas de escolas foram incendiadas na província indonésia de Aceh no segundo dia da ofensiva militar contra rebeldes separatistas na região. Os incêndios são um sinal do endurecimento dos conflitos entre os combates do Exército da Indonésia e os militantes do Movimento de Libertação de Aceh, mais conhecido como GAM, um dia depois do começo da ofensiva militar ordenada pelo governo do país. O comandante do Exército indonésio, general Endriartono Sutarto, mandou suas tropas "caçarem e exterminarem" as forças rebeldes, enquanto um porta-voz do GAM, Mahmud Malik, disse que os rebeldes iriam "lutar para sempre" e que estavam "confiantes de que poderiam resistir" à ofensiva. Apesar dessa retórica, os dois lados negam ter colocado fogo nas escolas. As forças do governo dizem que cinco rebeldes foram mortos até agora. A presidente da Indonésia, Megawati Sukarnoputri, afirmou nesta terça-feira que ordenou a operação com "coração pesado" e esperava ser "entendida e apoiada por todo o povo indonésio". Mas a comunidade internacional apelou a Jacarta para retomar a última tentativa de negociação de paz ? que ocorreu no fim de semana, em Tóquio, e não obteve resultados. Os incêndios espalharam terror entre os civis de Aceh. Há 28 mil soldados indonésios em Aceh para enfrentar cerca de 5 mil guerreiros do GAM. O principal trunfo dos rebeldes é a habilidade para se misturar à densa floresta e à população local. O medo, porém, é que justamente por isso os civis também serão atingidos durante os conflitos. A Anistia Internacional pediu a proteção aos civis, dizendo que anteriormente "os dois lados foram responsáveis por sérios abusos e cidadãos comuns foram vítimas em larga escala". As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.

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