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Escolha de Shubair como premier não convence Israel

Governo israelense aponta que só vai dialogar com ANP quando o Hamas, no poder desde março, reconhecer Israel como Estado e renunciar à violência

Por Agencia Estado
Atualização:

A escolha do ex-reitor da Universidade Islâmica de Gaza Mohammad Shubair como futuro primeiro-ministro não é uma mudança que possa convencer Israel a negociar com o Governo palestino, disse nesta terça-feira o ministro de Segurança Interior israelense, Avi Dichter. A esperada nomeação "não é uma mudança que possa convencer Israel a negociar com esse Governo", disse Dichter à rádio pública israelense, afirmando que Shubair era reitor "da Universidade Islâmica de Gaza, centro de cultivo de sabotadores e assassinos". O ministro disse que "o Governo palestino deve mudar sua atitude para que possa ser visto como um parceiro para negociar". Após várias reuniões para a formação do novo Executivo palestino, o Fatah e o Hamas concordaram nos últimos dias em nomear Shubair - um simpatizante, mas não membro, do movimento islâmico - como primeiro-ministro para o futuro Governo de união nacional. Os palestinos esperam que com um Governo de união nacional, no qual não devem estar presentes personalidades políticas, seja possível superar o boicote econômico imposto ao Executivo do Hamas desde que o grupo assumiu o poder, em março de 2006. Israel e a Comunidade Internacional exigem que o Hamas reconheça o direito do Estado de Israel a existir e renuncie à violência. As declarações de Dichter seguem as do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que, em entrevista publicada na segunda-feira no jornal palestino Al Quds, afirmou que negociará com o novo Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) somente se o Hamas reconhecer o direto do Estado judeu a existir e abandonar o caminho da violência. "Se o Hamas aceitar as condições do Quarteto (de Madri), vou me sentar com eles", disse Olmert.

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