Espanha inicia segunda campanha eleitoral em seis meses

Líderes do PP, PSOE, Unidos Podemos e do Ciudadanos têm 15 dias para mobilizar seu eleitorado e melhorar os resultados do último pleito

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Por Redação
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MADRI - A campanha para as eleições de 26 de junho na Espanha começa à meia-noite desta sexta-feira, a segunda em seis meses, depois que os principais partidos não conseguiram entrar em um acordo para formar governo após o pleito de 20 de dezembro.

Durante 15 dias, os líderes do conservador Partido Popular (PP), do socialista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do esquerdista Unidos Podemos e do liberal Ciudadanos tratarão de mobilizar seu eleitorado para melhorar os resultados do último pleito, embora, segundo as pesquisas, nenhum teria maioria suficiente para governar.

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Mariano Rajoy (PP), Pedro Sánchez (PSOE), Pablo Iglesias (Unidos Podemos) e Albert Rivera (Ciudadanos) repetem como líderes de lista.

A única novidade com relação a dezembro de 2015 é o acordo entre Podemos e Esquerda Unida, que têm como objetivo superar o PSOE e se transformar na alternativa de esquerda ao PP, o que na Espanha é conhecido como "sorpasso" (adiantamento).

A partir de sexta-feira, os partidos poderão pedir o voto oficialmente, embora já estejam em campanha política desde que fracassou a posse de Pedro Sánchez como presidente do Governo em março, quando só conseguiu o apoio dos Ciudadanos. Desde então, todos os partidos trataram de justificar sua atuação por não ter conseguido formar governo.

Como é tradicional, todos os líderes abrirão a campanha em Madri para depois percorrer a Espanha explicando suas propostas.

O único debate transmitido pela televisão será realizado no dia 13 de junho e dele participarão Rajoy, Sánchez, Iglesias e Rivera. No entanto, não haverá o tradicional frente a frente entre os líderes dos dois principais partidos pela primeira vez desde que na Espanha foi instituído este formato em 1993.

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Após 15 dias de campanha, as eleições serão realizadas no dia 26 de junho.

Intenção de voto. A aliança esquerdista liderada pelo Podemos caminha para obter grandes avanços na eleição geral, de acordo com uma pesquisa de intenção de voto divulgada nesta quinta-feira, 9, que lançou novas dúvidas sobre a natureza do próximo governo do país.

A sondagem, com base em 17,6 mil entrevistas e considerada a mais confiável para prever resultados eleitorais, mostrou que os votos serão divididos entre os quatro partidos principais e os quatro menores, confirmando uma nova era de fragmentação política e de incerteza na Espanha depois de quatro décadas de um sistema estável de dois partidos.

O PP deve ficar com a maioria dos votos novamente, mas longe de uma maioria, o que o obrigaria a formar uma coalizão com o PSOE e com o Ciudadanos para se manter no poder. Uma coalizão esquerdista entre o Unidos Podemos e o PSOE tampouco garantiria uma maioria, embora isso se torne possível com a abstenção de partidos regionais. /EFE e Reuters

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