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Espanha prende quadrilha que oferecia 'milhagem' a clientes de prostitutas

Os homens detidos ofereciam vantagens aos clientes habituais das prostitutas de origem chinesa.

Por Anelise Infante
Atualização:

A polícia espanhola desmantelou nesta quarta-feira uma quadrilha de exploração da prostituição que oferecia um programa de fidelidade a seus clientes, semelhante aos sistemas de milhagem das companhias aéreas. O cartão de fidelidade oferecia aos clientes a possibilidade de acumular pontos para ganhar descontos, brindes e relações sexuais gratuitas. Na lista de benefícios, dez encontros com prostitutas davam direito a um outro grátis, enquanto cinco serviços de luxo proporcionavam um extra. Segundo a polícia, o sistema de pontos incluía uso de saunas, orgias, massagens e compra de objetos com promoções especiais, em função do consumo registrado no cartão dos clientes habituais. A quadrilha era formada por 12 pessoas de origem asiática, em sua maioria chineses das províncias de Liaoning e Fujian, de onde também eram as prostitutas. De acordo com informações do Ministério do Interior espanhol, as mulheres viviam em cárcere privado e eram forçadas a estar disponíveis para os clientes 24 horas por dia. Marketing A quadrilha, que anunciava seus serviços na internet e em jornais de circulação na Catalunha, tinha responsáveis por infraestrutura, vigilância, tesouraria e publicidade e marketing. Os 12 integrantes foram presos e acusados por formação de quadrilha, falsificação de documentos e delitos relativos à prostituição e à violação de direitos de trabalhadores estrangeiros. As prostitutas já receberam ordens de deportação por estadia ilegal na Espanha, e os clientes identificados como habituais estão sendo investigados. Eles podem ser acusados de participação na quadrilha. O Código Civil espanhol não considera delito a prática ou o uso de serviços de prostituição, mas sim a exploração de seres humanos com fins sexuais. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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