
29 de maio de 2012 | 09h15
O governo espanhol decidiu nesta terça-feira, 29, expulsar o embaixador sírio em Madri, Hussam Edin Aala, como resposta à repressão do regime de Bashar al Assad após o massacre de sexta-feira passada na cidade de Houla, informaram fontes diplomáticas.
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O Ministério de Relações Exteriores e de Cooperação adotou esta medida de forma coordenada com outros países europeus, como França e Alemanha.
Além de anunciar a expulsão da embaixadora da Síria na França, o presidente francês, François Hollande, também havia convocado uma reunião do Grupo de Amigos da Síria após o massacre do fim de semana passado na cidade de Al Houla. A reunião aglutina boa parte da comunidade internacional para apoiar a oposição ao regime de Bashar al Assad.
As expulsões dos representantes acontecem pouco depois do massacre na cidade de Houla, onde morreram 108 pessoas, das quais 49 eram crianças.
O presidente francês se reuniu ontem, segunda-feira, com o primeiro- ministro do Reino Unido, David Cameron, com quem decidiu aumentar a pressão sobre Damasco.
"A loucura mortífera do regime de Damasco representa uma ameaça para a segurança regional e seus responsáveis deverão responder por seus atos", indicaram os dois líderes, segundo uma nota publicada pela presidência francesa.
Hollande receberá no próximo sábado no Eliseu o presidente russo, Vladimir Putin, principal aliado de Assad na comunidade internacional.
Em entrevista ao jornal "Le Monde", o ministro francês de Exteriores, Laurent Fabius, declarou que a França tentará "endurecer as sanções" contra Damasco no Conselho de Segurança da ONU, onde até agora se chocaram com o veto russo.
Neste sentido, o chefe da diplomacia gala indicou que "é preciso trabalhar com a Rússia, que tem um papel determinante" no caso.
Com Efe
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