Espanha supera 500 mil casos de covid-19 no dia em que retoma as aulas presenciais

Número de confirmações da doença vem crescendo entre 7 mil e 8 mil nas últimas semanas, mas autoridades afirmam que situação é diferente da primeira onda do coronavírus e está sob controle

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Por Redação
Atualização:

MADRI - A Espanha, um dos países da Europa mais atingidos pela pandemia de coronavírus, superou nesta segunda-feira, 7, meio milhão de casos diagnosticados, segundo balanço diário do ministério da Saúde. O país retomou nesta segunda as aulas presenciais e uma série de medidas foi adotada, como o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento entre estudantes. 

Desde o início da epidemia, o país teve 525.549 casos diagnosticados, de uma população total de 47,3 milhões, informou o ministério.

Estudantes usam máscaras e mantêm distanciamento em uma universidade no primeiro dia de aulas presenciais após a paralisação por conta da pandemia Foto: OSCAR DEL POZO / AFP

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Nas últimas duas semanas, o saldo total vem crescendo a uma taxa entre 7 mil e 8 mil. A proporção de casos em relação à população é o dobro de países vizinhos, como França ou Itália, segundo cálculos da AFP com base em dados oficiais.

A região mais afetada continua sendo Madri, com 16.501 casos detectados nos últimos sete dias. Por outro lado, as mortes até o momento totalizam 29.516, das quais 237 na última semana, segundo o ministério. 

O país passa por uma segunda onda da doença. Mas a mortalidade é muito menor do que a observada no auge da pandemia na Espanha no final de março e durante o mês de abril, e a contagem de casos tem sido favorecida pelo maior número de exames realizados. "A situação é muito mais favorável", disse Fernando Simón, diretor de emergências do ministério da Saúde, acrescentando que "continuamos em fase ascendente de casos" em algumas regiões do país.

Simón destacou ainda que a ocupação dos leitos hospitalares por pacientes com coronavírus continua baixa, "em torno de 7%", ao contrário da primavera (boreal), quando muitos centros ficaram lotados. "O que vivemos agora não é o mesmo que em março e abril", destacou o ministro da Saúde Salvador Illa na última sexta-feira.

Da mesma forma, a idade média dos pacientes com coronavírus diminuiu consideravelmente - agora está em torno dos 40 anos - e uma proporção maior de pacientes assintomáticos também está sendo observada. / AFP

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