Especialista italiano critica condenação prévia de Schettino

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"Fala-se de coisas técnicas com muita facilidade e é muito fácil criar um monstro", declarou ontem, em entrevista à agência ADN Kronos o especialista em navegação italiano Antonio Nesi, de 80 anos - 61 dos quais em postos de comando de navios de grande porte. "Diante da quantidade de bizarrices que ouvimos nesta manhã (de ontem) na rádio e na TV, é preciso esclarecer que radares nem sempre detectam rochas submersas, que um navio da dimensão do Costa Concordia em velocidade de cruzeiro não pode ser parado com um freio de mão. E a ausência de alertas de problemas da ponte de comando muitas vezes deriva da opção de não criar pânico a bordo e evitar correria na retirada." Em defesa do capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, Nesi afirma que não se descarta a possibilidade de o comandante ter decidido aproximar-se ao máximo da costa da Ilha de Giglio para evitar que o navio afundasse em alto-mar, o que poderia aumentar consideravelmente o número de mortos.

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