Especialistas analisam destroços da Columbia

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Por Agencia Estado
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Centenas de investigadores especializados em acidentes aéreos, engenharia e medicina forense viajaram aos Estados norte-americanos de Texas e Louisiana para recolher os restos do ônibus espacial Columbia em áreas de florestas onde caíram destroços da nave. Ao mesmo tempo em que as autoridades locais tentavam rastrear e isolar as áreas onde havia destroços, a agência espacial norte-americana (Nasa, por suas iniciais em inglês) estabeleceu postos de comando em Lufkin, Texas, e na Base da Força Aérea de Barksdale, Louisiana, para supervisionar a recuperação e a análise dos destroços. No Texas, cerca de 300 pessoas ligadas a 30 agências - entre elas o FBI, a Agência Federal de Situações Emergenciais, a Comissão Nacional de Segurança em Transporte (NTSB) e o Departamento de Segurança Pública do Texas - serão despachadas para coletar milhares de pedaços de diversos tamanhos, alguns pequenos como agulhas, outros grandes como caminhonetes. Assim que forem reunidos, os destroços serão levados em caminhões à base aérea na Louisiana, onde engenheiros ligados à United Space Alliance procurarão por pistas sobre o que fez a Columbia explodir sobre os céus do Texas na manhã de sábado, quando faltavam apenas 16 minutos para a aterrissagem. A intenção é tentar reconstruir o que restou da Columbia e estabelecer a seqüência de eventos do acidente, ocorrido durante a reentrada, em alta velocidade, da espaçonave na atmosfera terrestre. A operação cobre uma vasta área que vai das montanhas no leste do Texas a um bairro de New Orleans, onde autoridades encontraram o que poderia ser o material de isolamento térmico da Columbia. A polícia da Louisiana confirmou a existência de destroços da nave espalhados por oito diferentes condados. Porém, as investigações estão mais concentradas no Texas, onde os restos da Columbia caíram sobre 33 condados - desde o norte de Dallas até a costa do Golfo do México. Engenheiros da Nasa comentaram que nos últimos minutos de vôo foi detectado um possível problema com os mosaicos de proteção térmica. De acordo com a Nasa, novas evidências mostram que a temperatura no lado esquerdo da Columbia aumentou drasticamente e a nave passou a encontrar mais resistência do ar antes de se desintegrar sobre o Texas, causando a morte dos sete astronautas a bordo. Tais condições forçaram o piloto automático a mudar de curso rapidamente. A combinação desses acontecimentos indica que os mosaicos de isolamento térmico podem ter caído durante a decolagem. A parte externa do ônibus espacial era coberta por milhares desses mosaicos, especialmente projetados para isolar o extremo calor gerado no regresso à atmosfera. Apesar dos indícios, o chefe do programa espacial, Ron Dittemore, destacou que as informações são apenas preliminares. VEJA O ESPECIAL

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