Especialistas contestam descobrimento de Nefertiti

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Por Agencia Estado
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Egiptólogos e especialistas em antigüidades expressaram ceticismo em relação ao anúncio de que a múmia da rainha Nefertiti, uma das mais conhecidas egípcias da antigüidade, havia sido identificada. A possível descoberta da múmia de Nefertiti, uma das beldades mais lendárias do Egito antigo, por uma equipe de egiptólogos chefiada pela britânica Joann Fletcher, foi divulgada pelo canal por assinatura Discovery, que financiou a expedição ao Egito e exibirá um programa especial a respeito em 17 de agosto. Joann Fletcher, da Universidade de York e especialista em múmias, disse ontem: "Após 12 anos de busca, a descoberta é, talvez, a experiência mais extraordinária da minha vida." Entretanto, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, Zahi Hawas, negou que a múmia de Nefertiti, mulher do faraó Amenófis IV e rainha do Egito no ano de 1.382 a.C., tenha sido descoberta. "A teoria de Fletcher é completamente equivocada e sua experiência limitada não lhe permite identificar uma múmia", disse Hawas. Identificados unicamente como "múmia número 61.072", os supostos restos de Nefertiti foram achados junto a outras duas múmias no Vale dos Reis, na cidade de Lúxor. A semelhança entre o rosto da múmia e o famoso busto de Nefertiti, uma das mais conhecidas obras de arte do Egito antigo, não pode ser considerada uma evidência, ponderou Hawas, porque durante o período em que viveu a rainha "a arte era idealista, não realista". A imagem de Nefertiti foi reproduzida em muitas esculturas, papiros e pinturas de sua época, mas seu busto, hoje exposto no Museu de Berlim, talvez seja a versão mais conhecida.

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