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Especialistas da Otan aconselham Ucrânia a melhorar segurança nuclear

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Por ADRIAN CROFT
Atualização:

Especialistas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) visitaram a Ucrânia para aconselhar as autoridades locais a melhorar a segurança das usinas nucleares, gasodutos e a infraestrutura em geral em meio à violência crescente e aos temores de conflito com a Rússia, disseram autoridades nesta quarta-feira. O embaixador da Ucrânia na Otan, Ihor Dolhov, disse que os peritos civis da entidade foram ao seu país no mês passado para avaliar importantes instalações, como usinas nucleares, estações de bombeamento para gasodutos e hidrelétricas. "Em qualquer país, em qualquer situação, há planos e medidas adicionais para proteger a infraestrutura, inclusive na Ucrânia. Então, o objetivo foi avaliar o desempenho das medidas que estão sendo implementadas no país para protegê-la", disse Dolhov à Reuters. Outro objetivo foi assegurar que as instalações estarão seguras no caso de uma emergência, afirmou. Uma autoridade da Otan confirmou que uma equipe pequena de especialistas civis da aliança visitou Kiev em abril "para aconselhar as autoridades ucranianas em relação aos seus planos de contingência civil nacional e medidas de segurança no contexto de possíveis ameaças à importante infraestrutura energética". A equipe da Otan, enviada após uma solicitação do governo ucraniano, produziu um relatório confidencial com recomendações às autoridades da Ucrânia, que estão avaliando as conclusões, informou a autoridade. A Ucrânia é uma importante rota de trânsito do gás russo para a União Europeia. Cenário do acidente nuclear de Chernobyl em 1986, o pior da história, o país tem 15 usinas nucleares em operação, que representaram 44 por cento da sua produção de energia em 2013, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Questionado se o estudo foi conduzido por causa dos temores de Kiev de uma intervenção russa na Ucrânia, Dolhov disse que uma razão é a "possível desestabilização" em uma área onde está localizada a infraestrutura estratégica. A Ucrânia afirmou à AIEA em março que estava reforçando a proteção de suas usinas nucleares por causa de "uma ameaça grave à segurança" por parte dos militares russos.

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