11 de julho de 2010 | 15h56
"A Rússia considerava essas pessoas muito importantes para suas atividades de inteligência", disse Holder, que também defendeu a decisão dos EUA de permitir que os 10 agentes russos retornassem a seu país de origem em troca da liberação de quatro prisioneiros russos acusados de espionar para os americanos. Segundo o procurador-geral, o acordo de troca dos espiões "representou uma oportunidade de ter de volta quatro pessoas nas quais temos um grande interesse".
Holder também tentou minimizar a preocupação com o destino dos filhos dos agentes russos, dizendo que todos eles foram autorizados a regressar à Rússia de forma "consistente com os desejos de seus pais", ou, no caso daqueles que eram adultos ou quase adultos, eles foram autorizados a fazer suas próprias escolhas sobre onde viveriam. "As crianças têm sido tratadas, penso eu, de forma adequada", declarou o procurador-geral.
Na última quinta-feira, os dez acusados de espionagem confessaram o crime de "conspiração". Alguns deles também respondiam por lavagem de dinheiro. Mas a promotoria, seguindo orientação da Casa Branca, retirou as acusações. Todos estão proibidos de retornar aos EUA sem a autorização do Departamento de Justiça.
Após um acordo sigiloso, os Estados Unidos e a Rússia realizaram a troca dos espiões na sexta-feira, em Viena. A última troca desse porte ocorreu em 1985, quando 23 prisioneiros foram trocados em uma ponte em Berlim.
Os aviões levando os prisioneiros aterrissaram na capital austríaca e a troca ocorreu na própria pista do aeroporto. Em seguida, a aeronave que levava os agentes a serviço da Rússia seguiu para Moscou. Os acusados de espionagem para os EUA partiram para uma base militar norte-americana na Grã-Bretanha e no início da noite desembarcaram em Dulles, nos arredores de Washington.
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