Espionagem australiana acusa Al-Qaeda por ação em Bali

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Por Agencia Estado
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A rede terrorista Al-Qaeda teve participação nos atentados em Bali, e os australianos enfrentarão ataques em casa ou no exterior, afirmou hoje o chefe da espionagem da Austrália, Dennis Richardson. O comentário foi feito enquanto agentes de segurança e da inteligência, fortemente armados, realizavam blitze em residências de indonésios muçulmanos na Austrália, suspeitos de ligação com o grupo militante islâmico Jemaah Islamiyah. Grupos de proteção às liberdades civis condenaram as blitze. "Penso que utilizar policiais portando armas em trajes paramilitares para, na verdade, apreender computadores, não passa de um truque", afirmou Terry O?Gorman, presidente do Conselho Australiano para as Liberdades Civis. O procurador-geral da Austrália, Daryl Williams, afirmou que a operação de busca em residências de muçulmanos tem o objetivo de estabelecer se o grupo islâmico asiático Jemaah Islamiyah é ativo no país. Cerca da metade das aproximadamente 200 pessoas que morreram no atentado na ilha indonésia de Bali, em 12 de outubro, tinha nacionalidade australiana. No ataque, bombas destruíram uma discoteca repleta de turistas estrangeiros. Muitos corpos desfigurados ainda não foram identificados. "Podemos ter certeza de que a mão do Al-Qaeda está em algum lugar da atrocidade (em Bali)", disse Richardson, que é diretor-geral da Organização Australiana de Inteligência e Segurança. Um grupo de investigadores internacionais considerou o Jemaah Islamiya como o principal suspeito no atentado em Bali. Acredita-se que a organização militante deseje criar um Estado islâmico na região, e é ligada ao grupo terrorista Al-Qaeda.

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