
01 de julho de 2013 | 08h45
Se forem verdadeiras, as alegações serão uma inaceitável quebra da confiança entre Alemanha e EUA, dois aliados próximos, comentou o governo alemão em Berlim.
Murphy foi convocado para participar de uma reunião nesta segunda-feira, segundo Steffen Seibert, porta-voz do ministério. Além disso, a chanceler alemã, Angela Merkel, vai procurar conversar "em breve" com o presidente norte-americano, Barack Obama, sobre o assunto, acrescentou Seibert.
O caso veio à tona após a revista alemã Der Spiegel publicar no fim de semana que os EUA implantaram equipamentos de escuta em escritórios da UE em Washington, infiltraram a rede local de computadores e usaram meios eletrônicos para espionar entidades da UE em outras partes. A reportagem citava documentos secretos obtidos pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que no mês passado relatou um enorme esquema de espionagem do governo norte-americano.
"Não estamos mais na Guerra Fria", disse Seibert durante coletiva, ressaltando que a reportagem causou "espanto" em Berlim. O porta-voz informou também que a Alemanha está discutindo o escândalo de espionagem com parceiros europeus.
As alegações vêm num momento em que os EUA e a União Europeia começam a negociar um acordo de livre comércio. Seibert disse que a Alemanha ainda pretende buscar um acordo, mas "na base da confiança". Fonte: Dow Jones Newswires.
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