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Esposa faz apelo pela vida de repórter desaparecido

Por Agencia Estado
Atualização:

A norte-americana Mariane Pear, esposa do repórter seqüestrado do The Wall Street Journal, Daniel Pearl, cujos captores permaneceram em silêncio desde que o ameaçaram de morte, fez hoje um emocionado apelo por sua vida e disse que preferiria morrer em seu lugar. "Não firam um homem inocente, pois vocês causarão apenas mais sofrimento", disse ela em entrevista à BBC. "Usar Daniel como um símbolo e todo o resto é totalmente errado, totalmente errado. Se alguém precisar dar a vida para salvá-lo, eu o farei. Por favor, entrem em contato comigo. Eu estou pronta!" Após 12 dias investigando o seqüestro do jornalista, o ministro de Interior do Paquistão, Moinuddin Haider, disse que os esforços para encontrar o refém "espalharam-se por todo o Paquistão". "Ainda tenho esperanças de que Daniel Pearl esteja vivo", disse Haider, que é responsável pela lei e pela ordem no país. "Não poderei dizem que conseguimos algo a não ser que cheguemos perto das pessoas envolvidas." Os seqüestradores de Pearl divulgaram na última quarta-feira uma foto dele com uma ameaça de matá-lo dentro de 24 horas. Um e-mail anterior, que tinha uma foto de Pearl com uma arma na cabeça, exigia que o Washington mandasse de volta os prisioneiros paquistaneses detidos na base naval norte-americana de Guantánamo, em Cuba, para que eles possam ser julgados no Paquistão. O governo do presidente George W. Bush rejeitou a hipótese de negociar. O Paquistão está sob pressão para encontrar Pearl antes que o presidente Pervez Musharraf visite Washington na próxima semana. Musharraf é um importante aliado na guerra promovida pelos Estados Unidos no Afeganistão. Ele cedeu bases para utilização da força aérea norte-americana e de mantenedores internacionais de paz. Enquanto o governo norte-americano diz que o Paquistão está fazendo todo o possível para encontrar Pearl, o seqüestro ameaça conturbar a visita de Musharraf e já fez com que o Departamento de Estado dos EUA alertasse aos cidadãos norte-americanos sobre os riscos de viajar ao Paquistão.

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