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Esquerda israelense forma frente para eleição

Por AFP e Jerusalém
Atualização:

Um grupo de cerca de 30 intelectuais, políticos e empresários israelenses ligados à ala esquerda do Partido Trabalhista decidiu formar uma facção independente para disputar as eleições gerais de fevereiro. O movimento, que tem entre seus integrantes o escritor Amos Oz e o ex-presidente do Parlamento Avraham Burg, discorda da maneira como Ehud Barak, líder trabalhista, tem conduzido o partido e teme a vitória do oposicionista Benjamin Netanyahu, do conservador Likud, que está à frente nas pesquisas de intenção de voto. Segundo integrantes do grupo - que pretende dar novo fôlego as políticas de paz israelenses -, políticas de igualdade social não fazem mais parte da agenda trabalhista. "Espero que este novo movimento de esquerda se torne um substituto do Partido Trabalhista", disse Oz. "O papel histórico dos trabalhistas terminou. O partido desistiu de propor uma agenda ao país e não se opõe a fazer parte de nenhuma coalizão." O grupo não vai, porém, formar um novo partido. Seus integrantes vão juntar-se ao Meretz, um partido de esquerda de pouca representatividade até agora. Seus membros ocupam cinco das 120 cadeiras do Parlamento. Tradicionalmente, o poder em Israel tem oscilado entre o Partido Trabalhista e o Likud e tentativas de criação de novas facções tiveram resultados irregulares. Dois partidos de centro formados na última década desapareceram, e o Kadima, que hoje está no poder, pode dar adeus ao governo nas próximas eleições. O grupo aparece em segundo nas pesquisas.

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