Esquerda palestina se opõe ao referendo proposto por Abbas

Único movimento que respalda o Plano dos Prisioneiros é a Fatah

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco facções da resistência palestina, entre elas as islâmicas e as de esquerda, se opõem ao referendo que o presidente Mahmoud Abbas pretende convocar, se o primeiro-ministro Ismail Haniye não aceitar o Plano dos Prisioneiros, que reconhece o Estado de Israel. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), no poder; a Jihad Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Democrática (FDLP) e a Frente Árabe de Libertação anunciaram nesta quinta-feira sua decisão. O porta-voz de Abbas, Nabil abu Rudeina, informou que o decreto presidencial será assinado no sábado, caso o primeiro-ministro do Hamas se negar a aprovar o plano. Segundo porta-vozes do Hamas, o único movimento que respalda a proposta dos prisioneiros é a Fatah, derrotada nas eleições legislativas de 25 de janeiro. A Fatah pede que o presidente continue negociando com Haniye. Abbas, que tinha dado um ultimato até domingo passado ao primeiro-ministro islâmico, ampliou o prazo por mais três dias. No entanto, o vice-primeiro-ministro palestino, Nasser Eddin al-Sha´er, já antecipou que o governo do Hamas considera "prematuro" aceitar uma solução do conflito do Oriente Médio nesses termos. Hamas nega o direito de existência ao Estado de Israel, argumentando que este se estabeleceu em 1948 em "terras sagradas do Islã": uma parte da Palestina, então sob domínio britânico.

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