PUBLICIDADE

Esquerdistas apóiam Ségolène; direita mantém cautela

A socialista Ségolène Royal e o conservador Nicolas Sarkozy disputarão o 2º turno

Por Agencia Estado
Atualização:

Os candidatos franceses de esquerda derrotados no primeiro turno das eleições presidenciais já declararam neste domingo seu apoio à socialista Ségolène Royal na segunda etapa da corrida pela presidência, enquanto os da direita se mostraram mais cautelosos e aguardam um posicionamento do conservador Nicolas Sarkozy. Sarkozy, com pouco mais de 30% dos votos, segundo os últimos dados oficiais, e Ségolène, com mais de 25%, são os dois candidatos que disputarão o Palácio do Eliseu no dia 6 de maio. Definidos já os nomes dos dois concorrentes, os candidatos derrotados não demoraram a expor seu ponto de vista sobre o segundo turno. Alguns já até anunciaram uma posição. Cinco nomes de partidos à esquerda de Royal, entre comunistas, ecologistas, trotskistas e anti-globalização, deixaram claro que apoiarão a socialista. Juntos, todos eles receberam neste domingo cerca de 11% dos votos. O melhor colocado deles, o radical de esquerda Olivier Besancenot, que obteve mais de 4% do apoio do eleitorado, não pediu explicitamente a seus eleitores que votem na socialista, mas convocou-os a "derrotar a direita nas urnas" no dia 6 de maio. O mesmo fez o líder anti-globalização José Bové, ao passo que outros candidatos sugeriram publicamente a seus seguidores que votem em Ségolène no segundo turno. Foram os casos da comunista Marie-George Buffet, da ecologista Dominique Voynet e da trotskista Arlette Laguiller. Já entre os candidatos da direita, que receberam juntos cerca de 15% de votos, não houve a mesma mobilização. O ultradireitista Jean-Marie Le Pen, que, com pouco mais de 11% do apoio do eleitorado, já que perdeu eleitores para Sarkozy, disse que só no dia 1º de maio vai recomendar o voto a um dos candidatos. Sua filha Marine, que é líder da Frente Nacional, ressaltou que seus votos "não são vendidos", numa maneira de ganhar tempo até Sarkozy emitir uma mensagem de aproximação. Por sua vez, o nacionalista Philippe de Villier (2,5%) afirmou que não era "proprietário" dos seus votos, por isso evitou dar indicações a seus eleitores, que ideologicamente estão próximos aos de Sarkozy. Frédéric Nihous, do partido que defende a caça, a pesca, a natureza e as tradições (CPNT), disse que esperará Sarkozy e Royal explicarem suas propostas relativas à área rural e só depois dará uma indicação de voto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.