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Estado australiano diz que investigará causa de enchentes

Queensland abrirá inquérito para avaliar funcionamento de represas; descobertas guiarão futuros investimentos.

Por BBC Brasil
Atualização:

Apuração deve avaliar funcionamento de represas durante as enchentes A premiê do Estado de Queensland, na Austrália, anunciou nesta segunda-feira que fará uma investigação sobre as enchentes que devastaram grande parte do Estado nas últimas semanas. Segundo Anna Bligh, o inquérito vai observar questões como o funcionamento das represas, fará um "exame forense" da cadeia de eventos que levou às enchentes e servirá de guia para futuros investimentos no Estado. A Comissão de Inquérito custará 15 milhões de dólares australianos (R$ 25 milhões) e ficará encarregada de entregar um relatório provisório em agosto e outro, final, dentro de um ano, após investigar sistemas de alerta, planejamento governamental e a estrutura de atendimento emergencial. "Vejo isso como um investimento na nossa segurança futura, para que nos preparemos melhor para eventos como este", declarou Bligh, que disse não querer que nada seja "escondido sob o tapete". "Também acho que devemos isso às pessoas que perderam seus entes queridos e aos que perderam suas vidas." Represa A comissão será formada por um juiz sênior, um ex-comissário de polícia e um especialista em represas. Terá de investigar, entre outros temas, a represa de Wivenhoe, perto de Brisbane, questionada por supostamente não ter reduzido seus níveis de água em preparação para as chuvas. Estima-se que as enchentes, que deixaram mais de 20 mortos e ao menos dez pessoas desaparecidas, tenham sido o desastre natural de maiores proporções na história da Austrália, assim como o mais custoso. Dezenas de comunidades ficaram submersas, e seus residentes enfrentam agora o desafio de limpar montanhas de lama e escombros. O custo estimado da reconstrução das áreas afetadas em Queensland é de US$ 5 bilhões (R$ 8,4 bilhões). Ao sul de Queensland, o Estado de Victoria também está enfrentando cheias. A água das chuvas já alagou algumas cidades e deixou até o momento 3,5 mil desalojados. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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