Estado Islâmico promove novos ataques a Palmira e destrói Arco do Triunfo
Estrutura atacada datava da época romana; Unesco considera ação dos jihadistas um ‘crime intolerável contra a civilização’
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Por Redação
Atualização:
BEIRUTE - O Estado Islâmico (EI) destruiu no domingo o Arco do Triunfo de Palmira, que datava da época romana. Com este, já são três arcos antigos destruídos desde que o grupo ocupou a cidade síria em maio passado, informou nesta segunda-feira, 5, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Os ativistas do grupo islâmico radical destruíram os arcos e agora só restam as colunas que continham símbolos e inscrições, acrescentou a entidade não governamental com sede em Beirute em seu perfil oficial no Twitter.
Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico
1 / 13Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Visão geral da antiga cidade de Palmyra, na Síria, antes de serdestruída por jihadistas do Estado Islâmico Foto: EFE / YOUSSEF BADAWI
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Templo de Baal Shamin é visto ao fundoentrecolunas históricas Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
Templo de Baal Shamin, em Palmira
O local reserva grandes relíquias arqueológicas Foto: AP
Palmyra
À esq., Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, no dia 6 de junho de 2016, quando a cidade estava sob controle sírio. À di... Foto: APMais
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Pátio do santuário de Baal Shamin no antigo oásis de Palmyra Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Palmyra é patrimônio da Unesco pela riqueza de antiguidades que reserva Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE CHARON
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Visão geral da antiga cidade romana de Palmyra, ao norte de Damasco, na Síria Foto: AP
Explosão em templo de Baal Shamin
Imagem postada em rede social usada por jihadistas mostra o que seria a destruição do templo de Baal Shaminem Palmyra Foto: AP
Templo de Baal Shamin em Palmyra
Templo de BaalShamin, em Palmyra, foi destruído pelo Estado Islâmico Foto: AP
Explosivos usados em Palmyra
Imagem divulgada por jihadistas mostra explosivos que teriam sido usados em destruição do templo de BaalShamin, em Palmyra, na Síria Foto: AP
Destruição do templo Baal Shamin
Jihadistas do Estado Islâmico destruíramo templo Baal Shamin, em Palmyra, na Síria Foto: AFP
Destruição do templo Baal Shamin
Bombas foram colocadas pelo EI em templo de Palmyra Foto: AFP
Palmyra
À esq.,teatro romano,que data do século II, no dia6 de junho de 2016. À dir., mesmo local no dia 5 de fevereiro de 2017 Foto: AP
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Em junho, autoridades sírias denunciaram que o EI havia colocado explosivos em diferentes partes de Palmira, cuja sítio arqueológico é Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Esse povoado foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.
Os jihadistas do Estado Islâmico impõem uma interpretação violenta das leis islâmicas por meio de um autoproclamado califado, e declaram que relíquias como as de Palmira promovem idolatria. Eles justificam os ataques à região como uma forma de expurgar o paganismo.
Nas últimas semanas, militantes do EU explodiram dois templos famosos em Palmira. Imagens de satélite mostravam as estruturas reduzidas a escombros.
A Unesco considera os ataques um “crime intolerável contra a civilização”. Antes da eclosão da guerra na Síria em março de 2011, a região de Palmira era uma das maiores atrações turísticas no Oriente Médio. /EFE e ASSOCIATED PRESS