Estado Islâmico promove novos ataques a Palmira e destrói Arco do Triunfo

Estrutura atacada datava da época romana; Unesco considera ação dos jihadistas um ‘crime intolerável contra a civilização’

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Por Redação
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BEIRUTE - O Estado Islâmico (EI) destruiu no domingo o Arco do Triunfo de Palmira, que datava da época romana. Com este, já são três arcos antigos destruídos desde que o grupo ocupou a cidade síria em maio passado, informou nesta segunda-feira, 5, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Os ativistas do grupo islâmico radical destruíram os arcos e agora só restam as colunas que continham símbolos e inscrições, acrescentou a entidade não governamental com sede em Beirute em seu perfil oficial no Twitter.

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Em junho, autoridades sírias denunciaram que o EI havia colocado explosivos em diferentes partes de Palmira, cuja sítio arqueológico é Patrimônio da Humanidade da Unesco.

Esse povoado foi nos séculos I e II d.C. um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e ponto de encontro das caravanas na Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.

Os jihadistas do Estado Islâmico impõem uma interpretação violenta das leis islâmicas por meio de um autoproclamado califado, e declaram que relíquias como as de Palmira promovem idolatria. Eles justificam os ataques à região como uma forma de expurgar o paganismo.

Nas últimas semanas, militantes do EU explodiram dois templos famosos em Palmira. Imagens de satélite mostravam as estruturas reduzidas a escombros.

A Unesco considera os ataques um “crime intolerável contra a civilização”. Antes da eclosão da guerra na Síria em março de 2011, a região de Palmira era uma das maiores atrações turísticas no Oriente Médio. /EFE e ASSOCIATED PRESS

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