25 de junho de 2015 | 20h00
BEIRUTE.- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) vendeu nesta quinta-feira 42 prisioneiras da etnia yazidi em uma de suas bases na cidade de Al-Mayadin, no leste da província síria de Deir al-Zur, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ONG, que cita ativistas locaos, afirmou que as reféns foram transferidas ao amanhecer de um edifício dessa cidade, onde estavam retidas, a um de seus quartéis.
Em sua base, os jihadistas venderam as mulheres por quantias que oscilavam entre US$ 500 e US$ 2.000, destacou o Observatório, que não ofereceu dados sobre os compradores.
A fonte destacou ainda que se desconhece o paradeiro dos menores de idade yazidis que estavam com as prisioneiras.
Os yazidis, de etnia curda e cuja religião tem com o base o zoroastrismo, são um dos principais alvos do EI, que os considera infiéis.
Em agosto, o EI ocupou a cidade iraquiana de Sinjar, onde sequestrou centenas de mulheres dessa minoria religiosa que transferiu posteriormente a diferentes prisões localizadas nas áreas que controla no norte do Iraque e na Síria.
Após a tomada de Sinjar, o EI entregou quase 300 mulheres yazidis que tinha capturado no Iraque a seus milicianos na Síria em troca de dinheiro, por considerá-las "botim da guerra contra os hereges", informou Observatório na ocasião.
O EI proclamou há quase um ano um califado em áreas do território da Síria e do Iraque. / EFE
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