Estados Unidos apoiam direito de defesa de Israel e criticam provocação do Irã

Casa Branca afirmou que regime iraniano representa 'séria ameaça à paz e estabilidade internacional'

PUBLICIDADE

Atualização:

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos condenou o Irã pelos ataques com mísseis contra posições israelenses nas Colinas do Golã e expressou apoio ao direito de defesa de Israel. "Os Estados Unidos condenam os provocativos ataques com mísseis do regime iraniano a partir da Síria contra cidadãos israelenses, apoiam fortemente o direito de Israel de atuar em defesa própria", afirmou a Casa Branca em um comunicado.

PUBLICIDADE

+ Rússia diz que Israel usou 28 aviões e disparou 70 mísseis contra posições do Irã na Síria

"A implementação iraniana de sistemas de mísseis e foguetes ofensivos na Síria contra Israel é um desenvolvimento inaceitável e muito perigoso para todo o Oriente Médio", acrescentou o governo americano. Além disso, indicou que a Guarda Revolucionária deve "assumir plena responsabilidade pelas consequências de suas ações imprudentes", pedindo ao exército de elite iraniano e às "suas milícias, incluindo o Hezbollah, para não ir mais longe na provocação".

+ Israel acusa Irã de disparar mísseis contra exército no Golan

"Os Estados Unidos também pedem a todas as nações que digam que as ações do regime iraniano representam uma séria ameaça à paz e estabilidade internacional", acrescentou a Casa Branca. A tensão entre Irã e Israel aumentou consideravelmente na Síria, onde o Estado judeu diz que bombardeou dezenas de alvos iranianos em resposta a um ataque atribuído à República Islâmica contra suas forças.

De acordo com os israelenses, a Brigada Al-Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária responsável pelas operações externas, lançou na quarta-feira após às 21 horas vinte foguetes modelo Fajr e Grad contra as primeiras posições na parte do Golã ocupada por Israel, do outro lado da linha divisória.

O incidente ocorreu um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada de seu país do acordo nuclear iraniano de 2015 entre Teerã e as grandes potências mundiais, aumentando os temores de uma nova escalada na região.

Publicidade

Golfo

O Bahrein, aliado dos americanos e da Arábia Saudita, também afirmou que Israel tem o "direito de se defender" depois dos disparos iraniaos. "Não importa qual Estado, incluindo Israel, (todos) têm o direito de se defender destruindo as frentes de perigo", escreveu no Twitter o ministro barenita de Relações Externas, xeque Khalid bin Ahmed Al Khalifa. O Bahrein é um dos Estados do Golfo hostis ao Irã. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.