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Estados Unidos e Europa discutem uso da Otan

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A Europa e os Estados Unidos vêm trabalhando juntos para contornar a crise da Ucrânia com Moscou e o desenrolar da questão após a cerimônia de inauguração do novo presidente ucraniano neste sábado. Mas quando se trata de decidir por uma estratégia de longo prazo da Otan em relação à Rússia, surgem desentendimentos.A Polônia e demais membros da Otan no Báltico receberam bem, nesta semana, as promessas do presidente norte-americano, Barack Obama, de reforçar a segurança dos membros da aliança militar na região, com tropas adicionais, equipamentos e um fundo de US$ 1 bilhão. Mas os checos e eslovacos resistem à oferta."Eu não posso imaginar que tenhamos soldados estrangeiros, em nosso território, ou alguma instalação antimíssil mantida por soldados estrangeiros", disse o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico, estranhamente comparando a presença teórica de tropas da OTAN com a Pacto de Varsóvia e as tropas soviéticas que invadiram a Checoslováquia brutalmente em 1968.Respondendo aos comentários de Fico, funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Bratislava disseram neste sábado que "traçar comparações entre as medidas anunciadas por Obama para reforçar a segurança dos aliados da Otan e a invasão da Checoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1968, foi infeliz e historicamente impreciso." No entanto, oficiais observaram, por outro lado, que "as ações da Eslováquia demonstraram claramente um forte compromisso com a aliança da Otan."O primeiro-ministro checo Bohuslav Sobotka disse que Praga "não está chamando e nem vai chamar" as tropas estrangeiras ao território checo e emitiu uma nova declaração sábado dizendo que "a solução correta para a crise ucraniana não é um retorno à Guerra Fria, com a criação de uma nova Cortina de Ferro entre a União Europeia e a Rússia". Sobotka disse ainda que o fortalecimento da presença militar da Otan no flanco oriental da União Europeia não é uma boa solução a longo prazo.Não há dúvida de que, em Praga e Bratislava, como no resto da região, funcionários do governo estão preocupados com o uso de tropas no leste da Europa e como isso poderia afetar as relações com Moscou. Ainda assim, oficiais norte-americanos continuam a buscar uma postura mais cooperativa dos países da Europa central em relação à Otan.Os membros da Otan são obrigados, pelo artigo 5º do tratado da aliança, a proporcionar uma defesa coletiva de todos os Estados membros, ressaltou um comunicado dos Estados Unidos. "Todas e quaisquer medidas serão tomadas em comum acordo com os aliados e em linha com a Otan e outras obrigações internacionais", complementou o documento.Até o momento, nem os Estados Unidos nem a Otan pediram aos checos ou aos eslovacos para acolher quaisquer tropas ou material bélico. Fonte: Dow Jones Newswires.

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