Estados Unidos pedem mais colaboração no Iraque

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Por Agencia Estado
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O administrador dos EUA para o Iraque, Paul Bremer, disse neste domingo que para estabilizar a situação na convulsionada nação não são necessários mais soldados e, sim, maior colaboração por parte da população e melhores dados de inteligência sobre os grupos que resistem à ocupação. Bremer também disse que os EUA darão as boas-vindas a uma ajuda maior de outros países, mas se negou a dizer se o exército americano cederá algum tipo de controle às Nações Unidas - tal como exigem a França, a Índia e outros países. Falando à cadeia CNN, ele acrescentou que uma divisão dos Fuzileiros Navais americanos será substituída em setembro por um contingente polonês. Já o general Richard Myers, chefe do Estado Maior conjunto americano, disse, em uma entrevista à rede de televisão CBS, que o general John Abizaid, comandante das forças dos EUA no Iraque, não havia solicitado mais soldados. Myers indicou que, se Abizaid pedisse, o Pentágono aprovaria o envio de mais reforços. Presença no Iraque Os EUA têm ao todo, atualmente, um contingente de cerca de 150 mil soldados em território iraquiano, e a esse número se somam 20 mil soldados de outros países. A dúvida em torno de os EUA terem ou não forças suficientes no Iraque se intensificou após o atentado da última terça-feira contra a sede da ONU em Bagdá, que deixou 23 mortos e dezenas de feridos. No destruído complexo da ONU no Hotel Canal, na capital iraquiana, os funcionários das Nações Unidas que permanecem na cidade reiniciaram seus trabalhos em tendas. Por sua vez, soldados e investigadores continuam a buscar entre os escombros por restos humanos de supostos desaparecidos e pediram aos familiares das vítimas que trouxessem informações médicas e dentárias que possam ajudar na identificação de seus parentes. Mais um atentado Ao mesmo tempo, na cidade santa de Najaf, no sul do país, terroristas fizeram explodir uma bomba do lado de fora da residência de um dos mais importantes clérigos xiitas iraquianos, o xeque Mohammed Saeed al-Hakim. O atentado matou três dos guardas do chefe xiita e feriu outras 10 pessoas, entre elas parentes de al-Hakim, que sofreu ferimentos no pescoço. Na semana passada, a imprensa iraquiana informou que al-Hakim havia recebido ameaças contra sua vida. Ele também estava entre três representantes da alta hierarquia xiita ameaçados de morte por um clérigo xiita rival pouco antes da queda do regime de Saddam Hussein em 9 de abril.

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