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Estrangeiros convocados pelo Estado Islâmico participam de combate na Filipinas

Grupo terrorista teria intenções de declarar um califado em uma ilha de 22 milhões de habitantes no país

Atualização:

MANILA - O governo de Filipinas anunciou nesta sexta-feira, 26, que vários estrangeiros treinados pelo Estado Islâmico (EI) participam nos combates em curso entre os jihadistas e o Exército na cidade de Marawi, na ilha de Mindanao, que já somam mais de 40 mortos. 

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A crise de Marawi, cidade mergulhada no caos desde que o Grupo Maute semeou o terror com um ataque na terça-feira, "já não é uma simples rebelião de cidadãos filipinos", afirmou o general José Calida em Davao, capital da província de Mindanao. 

O que se via como uma luta entre um grupo rebelde local e as Forças Armadas se transformou "em uma invasão de terroristas estrangeiros que ouviram o chamado do EI de ir para Filipinas se encontrarem dificuldades para ir ao Iraque ou à Síria". 

Um total de 31 jihadistas foram abatidos nos combates desde a quinta. Dos doze mortos identificados, metade era da Indonésia e da Malásia, segundo Calida.

Os combatentes estão em Marawi para proteger Isnilon Hapilon, nomeado emir do EI nas Filipinas. Os EUA ofereceram U$ 5 milhões para quem abater Hapilon. Calida afirmou que os terroristas "querem que Mindanao seja parte do califado" que o EI deseja instaurar na região de 22 milhões de habitantes. 

O presidente do país, Rodrigo Duterte, declarou lei marcial na terça quando visitava Moscou logo depois do início da crise de Marawi, cidade de 200 mil habitantes onde jihadistas queimaram um colégio, uma prisão, uma delegacia, além de sequestrarem um padre e treze membros da igreja. 

Nos combates morreram dois policiais e onze soldados. A cidade ainda não está em seu clima normal. A eletricidade e as linhas telefônicas permaneceram cortadas pelo quarto dia seguido. Muitos habitantes saíram da cidade e foram para municípios próximos como Iligan e Cagayan em busca de segurança e serviços básicos. / EFE

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