
18 de abril de 2013 | 02h05
"A maratona deveria ter sido um momento edificante de estórias, desafios pessoais e arrecadação de fundos. Mas as explosões mudaram inegavelmente isso", afirmou Andruzzi, por meio de comunicado enviado por sua assessoria ao Estado. "Os policiais, médicos, paramédicos, corredores e inúmeros civis que fizeram o possível para salvar vidas são os verdadeiros heróis", completou o ex-jogador do New England Patriots e ganhador em cinco campeonatos por esse time de Boston. Sobrevivente de câncer linfático, Andruzzi conduz uma fundação com seu nome dedicada a pessoas vitimadas por essa doença. Ele esperava a chegada dos atletas de sua fundação.
"Eu vi três moças carregando uma mulher nas costas e disse: deixe-me ajudar. Eu a levei até uma ambulância, a uma quadra, e depois a acalmei", contou ao jornal Boston Globe.
Entre inúmeros anônimos, o médico ortopedista Vivek Shah e o ativista pela paz Carlos Arredondo somaram-se a essa lista de "heróis". O médico de 36 anos terminava a maratona quando viu as explosões perto de onde sua família o aguardava. Shah acelerou para checar como estavam seus parentes e ajudar os feridos. "Em todo o meu treinamento médico, eu nunca tinha visto a quantidade de traumas que eu vi naquela calçada", disse.
Carlos Arredondo, de 52 anos, esperava a chegada de corredores que homenageavam seu filho Brian, fuzileiro naval morto aos 20 anos na Guerra do Iraque. Depois das explosões, ele ajudou policiais a derrubar uma cerca de madeira que os impedia de chegar aos feridos mais graves e atendeu um jovem com as pernas ensanguentadas. Rasgou peças de suas roupas e fez um torniquete para estancar a hemorragia."Havia tantas pessoas deitadas perto de mim e implorando a minha ajuda, mas eu só podia ajudar uma de cada vez", afirmou. / D.C.M.
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