Estudantes da Virginia Tech retornam às aulas após massacre

Universidade organizou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do tiroteio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os estudantes da universidade Virginia Tech retornaram às aulas nesta segunda-feira com um minuto de silêncio em homenagem aos 32 colegas assassinados, no dia 16 de abril, no tiroteio feito pelo estudante sul-coreano Cho Seung-hui, que suicidou-se em seguida. Cerca de 100 estudantes se reuniram por volta das 7h10 (horário local) perto do dormitório do campus, onde as duas primeiras vítimas, Ryan Clark e Emily Hilscher, foram atingidas. Estudantes também se reuniram no pátio central do campus. Às 9h45, horário do segundo turno de disparos, a universidade organizou um minuto de silêncio, apenas com o sino da torre do prédio central soando 32 badaladas - uma para cada vítima -, enquanto 32 balões brancos foram soltos. A universidade não sabe dizer quantos estudantes retornaram às aulas nesta segunda. A administração está permitindo que estudantes faltem às aulas sem penalidades. Contudo, muitos jovens afirmam que permanecerão no campus. "Eu quero retornar às aulas apenas para permanecer ao lado dos outros estudantes. Se apenas fosse embora e deixasse as aulas, iria para casa e continuaria pensando no que aconteceu", disse Ryanne Floyd, que retornou ao campus após passar a última semana com a família, evitando assistir notícias sobre o massacre. O edifício de engenharia Norris Hall, onde Cho matou 30 pessoas e depois se suicidou, permanecerá fechado pelo resto do semestre. Privacidade A Associação dos Estudantes da Virginia Tech pediu à imprensa que respeite a privacidade dos estudantes. "Nossos estudantes estão prontos para seguir a diante, e o melhor que podemos fazer é fazer com que o campus volte ao normal", disse Liz Hart, diretor de relações públicas da associação. A universidade disse que a prioridade agora é das apoio às famílias das vítimas. O campus está coberto de tributos aos estudantes, como flores, cartas e velas. Existem constantes avisos lembrando aos estudantes das opções de apoio psicológico. Religiosos estavam disponíveis para reconfortar aqueles que viveram a tragédia de perto. Senhoras de uma igreja local distribuíam pacotes de biscoitos caseiros aos estudantes. Elas explicaram que costumam distribuir os biscoitos no início do ano escolar, para dar as boas vindas aos alunos, mas decidiram repetir o gesto para demonstrar apoio. A universidade determinou que a freqüência às aulas é optativa para todos os alunos, e os cursos dados no prédio onde ocorreu o principal ataque foram transferidos de lugar. O Norris Hall continua fechado, mas o alojamento onde duas vítimas morreram já havia sido reaberto. Ainda havia questionamentos sobre o porquê de Cho, que já tinha sido investigado por incomodar alunas e tinha um histórico de problemas mentais, ter conseguido comprar as duas armas que usou no massacre. A administração do campus também era criticada pelo modo como reagiu ao primeiro ataque de Cho, no alojamento, duas horas antes do ataque principal. Texto ampliado às 16:13

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