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Estudantes e sindicatos protestam em Londres e Manchester

Milhares vão às ruas contra o aumento dos custos do ensino superior e cortes dos gastos públicos.

Por BBC Brasil
Atualização:

Protestos de Manchester foram mais violentos que os de Londres Milhares de manifestantes organizaram protestos em Londres e Manchester no sábado contra o aumento dos cursos da educação universitária no país e cortes nos gastos públicos planejados pelo governo britânico. Em Manchester, milhares de pessoas participaram da manifestação organizada por estudantes e sindicatos, acusando o governo de "trair os jovens". A polícia prendeu 16 pessoas durante este protesto. A polícia de Manchester informou que um grupo de 150 pessoas se separou da manifestação principal, sem o consentimento dos organizadores. Segundo a polícia, alguns dos detidos portavam lâminas. Em Londres, milhares de estudantes fizeram um protesto barulhento na região central da cidade, perto dos prédios do governo. O evento na capital britânica foi mais pacífico do que as manifestações ocorridas em dezembro de 2010. Alguns manifestantes se juntaram a outra demonstração em frente à embaixada do Egito. Mas a polícia informou que deteve seis pessoas durante a marcha de Londres. Aumentos Pelo projeto aprovado no final de 2010 pelo governo britânico, o piso das anuidades dos empréstimos em universidades inglesas pode chegar a 9 mil libras (R$ 24 mil) três vezes mais do que hoje. O ministro das Universidades, David Willetts, disse que os planos do governo para o ensino superior vão dar mais "apoio financeiro para estudantes mais pobres". "Nossas reformas estudantis e financeiras são mais justas do que o sistema atual e podem ser pagas pela nação", afirmou. Os protestos do sábado foram os últimos de uma série de manifestações organizadas por estudantes contra estes aumentos. No dia em que os parlamentares aprovaram o aumento, as manifestações foram mais violentas, com policiais e manifestantes feridos e dezenas de presos. O carro do príncipe Charles, herdeiro do trono inglês, ficou preso em meio a uma manifestação de estudantes no centro de Londres. Charles e sua mulher, Camilla Parker-Bowles, estavam no carro que foi atacado pelos manifestantes, atingido por bolas de tintas e teve uma janela quebrada. Mas, desta vez, além de menos violentos, os manifestantes também usaram a tecnologia para evitar a polícia. Um aplicativo para telefones celulares identificava as rotas bloqueadas. Os manifestantes também usaram redes sociais como o Twitter para organizar e dividir informações sobre o evento. A polícia, por sua vez, também forneceu informações sobre o protesto pelo Twitter. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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