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Estudantes mantêm pressão sob governo no Chile

Novas manifestações tomam conta da capital por reformas no sistema de ensino do país

Atualização:

Movimento estudantil chileno quer renovar pressão sobre o governo

 

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SANTIAGO - Milhares de estudantes retomaram nesta quarta-feira, 14, os protestos contra as políticas do sistema educacional do Chile e marcharam para pressionar o governo de Sebastián Piñera para fornecer um ensino público, gratuito e de qualidade. As manifestações começaram de forma pacífica, mas posteriormente houve confronto com a polícia.

 

Universitários e estudantes do ensino médio entregaram na segunda-feira uma contraproposta ao cronograma apresentado pelo governo na semana passada e nesta quarta foram ao centro de Santiago marchar.

 

"Estamos em estado de alerta para a resposta que o governo nos der. Mas queremos ressaltar que o movimento segue vivo, que se mantém, que não perdeu a unidade", disse Camila Vallejo, principal porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile. Ela afirmou que as manifestações são um "mecanismo de pressão" para que o Executivo "escute" as propostas e "não traia" os estudantes como ocorreu em 2006.

 

"O objetivo principal do movimento é terminar com a política de lucros na educação, promover reformas necessárias para que o Estado se responsabilize pelo sistema educacional como um todo, e não somente do público, e também da regulamentação do mercado de educação", detalhou.

 

De acordo com a polícia chilena, eram entre 6 mil e 10 mil estudantes em Santiago. Os organizadores da marcha, porém, afirmaram que estavam presentes 20 mil manifestantes. Muitos deles, porém, levavam cartazes pedindo que mais pessoas aderissem ao movimento.

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