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Estudantes realizam assembléia para decidir fim de greve no Chile

Líderes estudantis se reúnem para decidir se aceitam as propostas anunciadas pela presidente Michelle Bachelet

Por Agencia Estado
Atualização:

Os líderes estudantis secundaristas do Chile realizam nesta sexta-feira uma assembléia para analisar as propostas anunciadas pela presidente Michelle Bachelet e decidir se mantém a greve iniciada na terça-feira. A decisão dos membros da Assembléia Coordenadora de Estudantes Secundários será comunicada ao ministro da Educação, Martin Zilic, com quem se reunirão posteriormente. Durante uma mensagem transmitida na noite de quinta-feira, Bachelet se comprometeu a oferecer passe livre para todo jovem que precise de transporte público gratuito, além de gratuidade para os exames de admissão da universidade. O governo chileno manifestou nesta sexta-feira a esperança de que os estudantes em greve aceitem as medidas anunciadas por Bachelet, em reposta às exigências por melhor qualidade de ensino. Bachelet também anunciou bolsas de estudos para 155 mil estudantes e um projeto para modificar a Lei Orgânica Constitucional de Ensino. Além disso, prometeu criar um Conselho Presidencial para a Educação. Reforma no Congresso O porta-voz do governo chileno, Ricardo Lagos Weber, afirmou durante uma entrevista à Radio Cooperativa que o governo espera contar com o apoio do Congresso para levar a cabo as reformas na lei de educação que são exigidas pelos estudantes, que há três semanas estão mobilizados. Lagos Weber acrescentou que espera que os dirigentes estudantis tenham "a capacidade, força e o empenho para colocar este tema na agenda pública" "Estamos esperançosos de que os estudantes avaliarão bem a apreciarão o que está sendo feito nesta matéria", acrescentou o porta-voz. O presidente da ultraconservadora União Democrata Conservadora (UDI), Jovino Novoa, assegurou nesta sexta-feira que não aceitará nenhuma modificação na lei de Educação. "Ninguém está propondo algo muito dramático, estamos falando do direito a qualidade de ensino e essa é uma reforma que será enviada ao Congresso em julho. Devemos reformar a Constituição para garantir esse direito. E acredito que ninguém pode se opor a isso", rebateu Lagos Weber. O ministro manifestou sua satisfação e surpresa com o movimento estudantil do país."Os jovens surpreenderam a muitos, porque tiveram a capacidade de não se deixar manipular por ninguém", concluiu o porta-voz.

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