
18 de agosto de 2011 | 19h11
Manifestante atira coquetel Molotov contra carro da polícia em Santiago
SANTIAGO - Dezenas de milhares de pessoas desafiaram a chuva e o frio nesta quinta-feira, 18, e voltaram a protestar em Santiago por reformas no sistema educacional do Chile. Giorgio Jackson, líder estudantil da Universidad Católica, afirmou que a marcha desta quinta reuniu cerca de 100 mil pessoas, a maior parte formada por jovens estudantes.
Os participantes realizaram uma manifestação animada e pacífica apesar da persistente chuva e do frio intenso, que provocou inclusive uma precipitação de neve em parte da capital chilena. Posteriormente, porém, as passeatas ganharam caráter violento e houve novos confrontos entre alguns jovens e as forças de segurança.
Em uma nova tentativa de desarticular os protestos, que já duram mais de dois meses, o governo do Chile apresentou na noite de ontem uma nova proposta na qual faz algumas novas concessões aos estudantes. Mas os líderes das agremiações estudantis e dos sindicatos de professores consideraram a nova proposta insuficiente e ambígua.
"Nós pleiteamos o fortalecimento das instituições (de ensino), e não somente o repasse de mais recursos", declarou Jackson nesta quinta-feira.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, referiu-se aos protestos durante ato público. Ele pediu aos chilenos que "privilegiem a união em detrimento da divisão e prefiram o diálogo à intransigência e os acordos aos confrontos". As informações são da Associated Press.
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