Estudo condena expulsão de padres pedófilos

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Por Agencia Estado
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A Igreja deve publicar dentro de algumas semanas um documento sobre casos de abuso sexual cometidos por padres, afirmando que os especialistas são céticos em relação à expulsão dos culpados da instituição. O relatório é resultado de um simpósio de quatro dias, realizado no Vaticano em abril, e será distribuído a todas as conferências de bispos do mundo. "A maioria foi contra a política de tolerância zero, que defende o afastamento dos padres pedófilos", afirmou o psicólogo Karl Hanson, que editou o documento a ser lançado pelo Vaticano. William Marshall, psicólogo que atendeu padres pedófilos, diz que a tolerância zero é um desastre. "Se eu expulso o sujeito da Igreja, ele perde seu emprego, seu plano de saúde, os amigos. Isso não é um bom ponto de partida para recuperar um pedófilo e evitar que ele abuse de crianças novamente", afirma. Céticos como ele disseram que a política de tolerância zero significa mandar para a sociedade homens sem nenhum tostão e sem chance de obter tratamento. Nova santa - O papa João Paulo II aprovou a canonização de uma italiana que virou símbolo da campanha antiaborto. Gianna Beretta Molla, que era pediatra, tinha 39 anos quando morreu, em 1962, poucos dias após ter seu quarto filho. Médicos recomendaram que ela interrompesse a gravidez, que punha sua vida em risco, já que ela tinha um tumor no útero. Outros cinco religiosos também serão canonizados.

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