Estupro e morte de 3 meninas indianas provoca protestos

Mãe das vítimas acusa a polícia de não ter investigado o caso corretamente

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Por AE
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NOVA DÉLHI - A polícia indiana informou nesta quinta-feira, 21, que lançou uma caçada aos homens suspeitos de estuprar e matar três irmãs, com idades de 5 a 11 anos. Os corpos das meninas foram encontrados no poço de uma vila do distrito de Bhandara, no Estado de Maharashtra, em 14 de fevereiro, depois de terem desaparecido da escola, informou o policial Javed Ahmed.A mãe das vítimas acusa a polícia de não ter investigado o caso corretamente. A acusação irritou os moradores locais, que fizeram com que as lojas fossem fechadas, queimaram pneus e bloquearam uma estrada nacional que passa pela região durante várias horas na quarta-feira. "A polícia não cuidou do caso com seriedade e não fez nada por dois dias", disse a mãe das meninas à emissora de televisão CNN-IBN. Seu nome não foi divulgado. Um policial foi suspenso por não agir prontamente, informou o ministro de Indústrias Pesadas Praful Patel, que representa o distrito de Bhandara no Parlamento. "É inaceitável. Todos nós temos de nos envergonhar", declarou Patel. O estupro coletivo de uma jovem no interior de um ônibus em Nova Délhi, em 16 de dezembro, deu início a uma série de protestos nacionais sobre tratamento que as mulheres recebem no país e fez com que o governo se apressasse na aprovação de um novo pacote de leis para protegê-las. A vítimas do estupro coletivo e seu amigo, que foi gravemente espancado no ataque, foram jogados nus à beira de uma estrada. A mulher morreu duas semanas mais tarde num hospital de Cingapura. Cinco homens estão sendo julgados pelo crime. A nova lei elevou a sentença para o crime de estupro, que era de sete a dez anos, para um máximo de 20 anos de prisão. Agora, o estuprador também pode ser condenado à morte em casos extremos no qual o crime resulte em morte ou deixe a vítima em coma. A lei também criou os crimes de voyeurismo, perseguição, ataques com ácido e tráfico de mulheres, que passaram a ser puníveis pela lei.

As informações são da Associated Press

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