
26 de setembro de 2010 | 11h36
MADRI - O grupo separatista basco ETA informou que deseja declarar um cessar fogo permanente, confirmado por observadores internacionais, numa tentativa de fechar o longo conflito na região com o governo espanhol. O grupo não especificou se permitirá aos observadores acompanhar a destruição de suas armas, mais próxima garantia de um fim na violência, mas indicou estar preparado para ir além de uma mera declaração de cessar fogo. O ETA disse que tomaria uma atitude "se as condições para tal ação fossem criadas", sem especificar quais seriam.
Dois membros mascarados e sem identificação do ETA disseram em uma entrevista publicada hoje no jornal basco Gara que o grupo estava preparado para atender a Declaração de Bruxelas, documento divulgado em março por um grupo mediador, incluindo quatro recebedores do prêmio Nobel da Paz, pedindo verificação imparcial de qualquer cessar fogo adotado pelo ETA. O grupo ETA normalmente utiliza o jornal Gara como seu porta-voz.
A entrevista cita afirmações de membros do ETA de que o grupo "deseja tomar esse passo e ir além dele, se as condições para isso forem criadas". Três semanas atrás, o ETA anunciou seu 11º cessar fogo em 40 anos de uma violenta campanha separatista, mas sem mencionar a palavra permanente ou indicar que está preparado para destruir suas armas.
O último ataque violento do ETA aconteceu em julho de 2009, quando um carro-bomba matou dois policiais na Ilha de Maiorca. O grupo é considerado uma organização terrorista pelo Espanha, União Europeia e pelos Estados Unidos.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.